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Agricultura

Decretos para frear a pandemia poupam o agronegócio

No Espírito Santo, o decreto que passa a valer a partir da quinta-feira (17) prevê que trabalhos na lavoura e comércio de insumos estão liberados

por Fernanda Zandonadi

em 17/03/2021 às 11h21

3 min de leitura

Decretos para frear a pandemia poupam o agronegócio

O agronegócio foi o único setor que cresceu no PIB em 2020, segundo o IBGE. A atividade avançou 2% em relação a 2019, apesar das preocupações com clima, custo e coronavírus. E o agro não para, nem mesmo na pandemia. Em um momento que se configura como o pior desde a entrada do vírus em território brasileiro, os decretos estaduais e municipais que apontam para o abre e fecha dos empreendimentos afeta, mas de forma pontual, o agronegócio.

No Espírito Santo, por exemplo, a partir desta quinta-feira (18), as restrições vão obedecer às regras da chamada “onda roxa ”, quando há risco de colapso na saúde e as medidas de contenção precisam ser mais rigorosas. O agronegócio e suas vertentes, no entanto, foram classificadas como atividades essenciais.

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De acordo com o decreto, que foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira (17), estão liberadas a “produção, processamento e disponibilização de insumos necessários aos serviços essenciais, incluindo lojas de insumos agrícolas ”. Os serviços na lavoura também estão completamente liberados.

Se por um lado o agronegócio foi poupado, por outro, nem toda cadeia produtiva conseguiu se manter no mercado do país. Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, por exemplo, a venda de flores em supermercados só foi liberada no dia 8 de março, Dia da Mulher. Depois dessa data, a venda só foi autorizada por entrega em domicílio e as plantas não poderão estar ao alcance dos clientes nas lojas.

Essa medida &ndash, além da proibição dos eventos, que naturalmente demandavam muitas plantas e flores &ndash, impactou tanto o segmento que o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) entrou em campo para buscar meios de fazer com que floriculturas e supermercados pudessem comercializar as plantas.

Em fevereiro, a Prefeitura de Araraquara, interior de São Paulo, decretou lockdown de 15 dias. A medida, na ocasião, preocupou os produtores por conta de uma instabilidade nos trabalhos na colheita de soja e milho, além do plantio da cana-de-açúcar. A apreensão foi além do campo, pois com bloqueio total da cidade, o escoamento e beneficiamento da safra poderiam ficar comprometidos.

Mas, mesmo com tantos revezes, a agropecuária continua firme. O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro crescerá 3% em 2021, enquanto o Valor Bruto da Produção Agropecuária aumentará 4,2% no ano que vem, estimou a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

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