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Artigo

Fruticultura: mais emprego e renda no campo

por Franco Fiorot

em 18/03/2020 às 11h30

3 min de leitura

Fruticultura: mais emprego e renda no campo

Franco Fiorot é especialista em Comunicação Integrada e em Gestão do Agronegócio e secretário de Agricultura de Linhares. (Foto: *Divulgação)


O agronegócio brasileiro é um importante player no mercado internacional de commodities agrícolas com destaque para vários produtos relevantes, como carnes, soja, açúcar, café, suco de laranja, entre outros. Além de contribuir significativamente para o saldo positivo da balança comercial nacional, as exportações agrícolas colaboram no papel de estímulo do crescimento de nossa agricultura. De 1973 a 2014, a produção de nossa agricultura cresceu à taxa anual de 4,80%, superior ao incremento da população, o que dinamizou as exportações, e proporcionou queda do preço da cesta básica.

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Embora com números tímidos ainda, comparando com os principais produtos da pauta exportadora do agro nacional, um segmento tem ganhado destaque nos últimos anos: a fruticultura. As estatísticas setoriais mostram que, mesmo com as exportações representando ainda apenas cerca de 3% do total do volume de frutas frescas produzidas e comercializadas, o potencial para crescimento é muito grande, principalmente considerando que os processos de abertura de novos mercados, inclusive os asiáticos, tem hoje um nível de prioridade diferenciado dentro do governo federal. Recentemente, o Brasil fechou acordo com a China que viabiliza a exportação de melão para o país asiático, grande mercado consumidor de alimentos. O acordo para exportação de melão é simbólico por se tratar do primeiro entendimento com os chineses sobre frutas. Além da diversificação da pauta exportadora agrícola para a China (a maioria das vendas é de soja e carne), o protocolo tem potencial de alavancar a fruticultura brasileira. Outras frutas nacionais podem se beneficiar futuramente, inclusive o nosso mamão capixaba, fruta com destaque na região norte e que leva o nome de nosso Estado mundo afora.

Segundo a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), a fruticultura no Brasil conta com mais de 2,5 milhões de hectares em todas as regiões do País. O volume de produção chega a 44 milhões de toneladas, e o setor emprega 16% da mão de obra agropecuária. Geração de emprego e renda em pequenas áreas. Isso é fator de produtividade que eleva o desenvolvimento. E é nas terras espírito-santenses que destaco a relevância da fruticultura no cenário econômico e social. Com clima e solos favoráveis para o cultivo de diversas frutíferas, o Estado pode avançar muito neste segmento, dinamizando sua produção rural e gerando mais renda e emprego.

Através de planejamentos regionais e setoriais adequados e as parcerias do setor privado com os governos, é possível estabelecer diretrizes e estratégias de desenvolvimento desta cadeia produtiva. Surge a necessidade, visando soluções mais consistentes, mesmo que a médio e longo prazos, que a União, Estados, Municípios e setores produtivos, que compõem cada região produtora, estabeleçam um plano de ações,
traçando ações prioritárias e definindo os investimentos necessários, em cada região, para fomentar a implementação ou expansão das culturas frutíferas em nosso Estado.

O Espírito Santo é a terra do café e das frutas também!

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