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Cafeicultura

‘Foi um ano com dedicação dos produtores’, diz produtor do melhor arábica do Brasil

"A Safra ES entrevistou os cinco capixabas vitoriosos do Prêmio ""Coffee of the Year"" (Melhor Café 2018) para saber os segredos que os alçaram aos melhores do ano passado. Confira segunda matéria da série! "

por Leandro Fidelis

em 21/01/2019 às 11h35

3 min de leitura

‘Foi um ano com dedicação dos produtores’, diz produtor do melhor arábica do Brasil

Afonso com o filho Augusto. (*Foto: Wanda Ferrera e Jean Davies)


Apenas oito anos é o tempo que separa o campeão nacional na categoria Arábica, Afonso Donizete Abreu de Lacerda, do antes e depois da qualidade de café. Na localidade de Forquilha do Rio, com parte do território do lado capixaba (Dores do Rio Preto) e outra do lado mineiro (Espera Feliz), o cafeicultor e sua família cravaram o nome do Caparaó no mapa dos cafés especiais. Desde 2010, os Lacerda já ganharam mais de 40 prêmios de qualidade.


Atual presidente da Associação dos Produtores de Cafés Especiais do Caparaó (Apec), que conta com mais de 70 associados de seis municípios mineiros e dez capixabas do entorno do Pico da Bandeira, Afonso vê uma íntima ligação entre a cafeicultura de qualidade e o desenvolvimento econômico da região.


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“É grande a projeção do cafés do Caparaó nos últimos anos. A região se desenvolveu com o agroturismo e a qualidade do café, as terras estão mais valorizadas… Isto tudo está ligado à dedicação dos produtores com a qualidade, trazendo grandes resultados em nível nacional tanto para Dores como para Espera Feliz ”, diz.


A família produz, em média, 600 sacas de Arábica por ano, sendo 80% de cafés especiais. Tratos culturais, colheita seletiva, clima favorável (temperatura média anual de 18ºC) e secagem em terreiro suspenso propiciam grãos com propriedades únicas. Do Sítio Forquilha do Rio saem microlotes de cafés verdes para Estados Unidos, Japão, Europa e Austrália.


Para Lacerda, a conquista na Semana do Café é uma vitória da cafeicultura capixaba. “Dois mil e dezoito é o ano da cafeicultura capixaba. A gente confiava no nosso produto e no potencial do Estado para fazer bonito nas duas categorias. Foi um ano com dedicação dos produtores e órgãos que nos auxiliam. Isto foi importante para trazer um resultado significativo para o Espírito Santo ”, afirma.


*Foto: Gustavo Baxter-Nitro/Divulgação


Troca

O intercâmbio entre os cafeicultores ocorre durante todo o ano. O clima de amizade entre os campeões de 2018 ficou nítido na presença da nossa reportagem. Apesar da distância entre algumas regiões produtoras, a troca de informações enriquece os trabalhos pela qualidade de norte a sul.


No caso do Caparaó, a criação da Apec uniu ainda mais os cafeicultores por conta da reivindicação da Indicação Geográfica (IG) para os cafés da região. Os produtores estão em processo de solicitação do registro junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). No Espírito Santo, essa será a primeira Denominação de Origem (DO), autenticando que a região se especializou e tem capacidade de produzir produtos diferenciados e de excelência.


*Amanhã você confere a terceira matéria da série “2018: o ano especial dos cafés capixabas”!

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