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Cotação

Força do dólar pressiona cotações do café na semana

"Incertezas quanto ao cenário fiscal brasileiro fortaleceram a moeda norte-americana. Real tem pior desempenho mundial no ano"

por Conselho Nacional do Café

em 03/10/2020 às 8h12

2 min de leitura

Força do dólar pressiona cotações do café na semana

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Foto: Pixabay

Os contratos futuros do café arábica não conseguiram manter o suporte de US$ 1,10 na segunda-feira (28/09), o que foi tecnicamente negativo e o mercado acumulou perdas ao longo da semana até ontem. A queda foi estimulada pela força do dólar comercial frente ao real, motivada por incertezas sobre a questão fiscal no Brasil, e pela possibilidade de retorno de chuvas ao cinturão produtor.

Na Bolsa de NY, o vencimento dezembro/2020 declinou 660 pontos, encerrando a sessão de quinta-feira a US$ 1,0705 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento novembro/2020 do café robusta acompanhou o movimento do arábica e recuou US$ 61, para US$
1.315 por tonelada.

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O fortalecimento do dólar em relação ao real, em 2020, é superior a 40%, o que faz com que a moeda brasileira tenha o pior desempenho no mundo. O mercado vê com desconfiança o cenário fiscal nacional, em especial no que se refere a qual será a fonte de financiamento do programa social Renda Cidadã, que deve substituir o Bolsa Família. Ontem, a divisa norte-americana foi cotada a R$ 5,654, acumulando ganho semanal de 1,8%.

Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa a chegada de uma frente fria ao Sudeste amanhã, que deverá trazer chuvas para a faixa leste da Região. Também há possibilidade de precipitações, no domingo, em partes de São Paulo e Espírito Santo, sul e Zona da Mata de Minas Gerais e no Rio de Janeiro. No oeste paulista e nas demais regiões mineiras, o tempo seco permanece.

No mercado físico, as cotações do café também recuaram, mantendo os agentes retraídos e a liquidez reduzida. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) se situaram em R$ 532,37/saca e R$ 392,33/saca, com quedas, respectivamente, de 1,9% e 2,4%.

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