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Crédito

Produtores capixabas apontam linhas de crédito e seguro como prioridades para plano agrícola e pecuário

Workshop teve objetivo de reunir propostas de produtores da região sudeste para o Plano Agrícola e Pecuário 2019/2020

por Assessoria de Imprensa

em 26/03/2019 às 22h53

4 min de leitura

Produtores capixabas apontam linhas de crédito e seguro como prioridades para plano agrícola e pecuário

Fotos Divulgação

A Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes) sediou o último workshop promovido pela Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, na tarde desta segunda-feira (25). O encontro da região sudeste serviu para colher propostas para construção do Plano Agrícola e Pecuário 2019/2020. Linhas de crédito para Custeio, renegociação de dívidas e seguro rural foram apontados como emergenciais.

O workshop já passou pelas regiões Norte, Sul, Centro-Oeste, Nordeste e na região Sudeste ocorreu na Faes. O superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, e a assessora técnica, Carolina Yuri Nakamura, colheram as questões levantadas pelos produtores presentes para mais adiante discutir com a equipe do Governo e auxiliar que seja montado um plano agrícola que atenda grande parte dos produtores.

Lucchi parabenizou a Faes pela iniciativa e forte presença no quórum de produtores. “As propostas que ouvimos tem muita qualidade e vamos levar para que tenha resultado. A priorização do produtor capixaba e mineiro será pelo custeio e foi apontado algumas linhas de investimento que terão prioridade como ABC, Inovagro e PCA. Também foram colocadas questões burocráticas que tem travado a tomada do crédito do produtor capixaba e a renegociação de dívidas ”, destacou.

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Outro ponto levantado pelo superintendente foi em relação ao seguro rural. Ponto, que segundo ele, ainda precisa ser melhorado dentro do estado, por não haver produtos que atenda aos produtores. “A seca, por exemplo, que foi o que mais castigou a região nos últimos anos, para algumas culturas não é colocada como uma opção ”, explicou.

Representando Minas Gerais no evento, a coordenadora da assessoria técnica da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Aline Veloso, disse que condensar as propostas da região mineira com as do Espírito Santo será de grande importância para os produtores.

“Trouxe propostas que visam facilitar o custo de produção como priorização de alguns programas de investimento especialmente o ABC, Inovagro e PCA que melhor se adequam aos produtores rurais, e também a possibilidade de custeio para investimento para placas solares e todo sistema de geração de energia elétrica por fontes renováveis ”, disse ela.

O presidente da Faes, Júlio Rocha, agradeceu aos técnicos da CNA e presidentes de sindicatos presentes e salientou estar seguindo com a Federação os passos da casa mãe, a CNA, de criar um crescimento produtivo com as instituições e com a classe política, ouvindo os produtores e lideranças rurais.

Em sua fala destacou os principais problemas que acometem o estado. “Nosso principal produto é o café conilon e temos uma questão emblemática, pois ele recolhe 12% de ICMS enquanto o arábica recolhe 7%. Isso já é sabido por todos e para resolver é preciso unanimidade do Confaz. E para este feito estamos trabalhando fortemente com ajuda dos parceiros. Na pecuária de corte estamos com grande dificuldade pois o estado está sendo abastecido por carne de outros estados em que o ICMS da carne com osso é 2% da carne desossada ”, disse.

Para finalizar, o presidente Júlio Rocha, agradeceu a alavancagem extraordinária da CNA em relação a pecuária de leite.
“Apesar de nosso estado ser pequeno, tem importância socioeconômica grande. Quando conseguimos ao invés de facilitar e abaixar ICMS do leite, que faz estrangulação do setor, conseguimos que o imposto fosse elevado. Isso deu um alento a categoria ”, destacou.

Participaram do evento, produtores rurais, presidentes de sindicatos e lideranças do agro, como o superintendente da Conab, Bricio Alves dos Santos Júnior, o representante da Seag, Eduardo Chagas, e o diretor-técnico do Incaper, Nilson Araújo Barbosa.

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