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Gestão Hídrica

Seag faz visita de monitoramento nas obras das barragens de Pancas e Marilândia

A equipe técnica da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag)...

por Redação Conexão Safra

em 11/07/2016 às 0h00

9 min de leitura

Seag faz visita de monitoramento nas obras das barragens de Pancas e Marilândia


A equipe técnica da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) fez, nesta quinta-feira (07), mais duas visitas para monitorar o andamento das obras do Programa Estadual de Construção de Barragens. Os municípios que receberam as visitas foram Pancas e Marilândia, para o acompanhamento das ações já realizadas e das que ainda vão ser feitas nas barragens Floresta e Liberdade.



A equipe técnica da Seag é composta pelo subsecretário de Infraestrutura Rural, Zacarias Carraretto, pelo gerente de Obras e Infraestrutura Rural, Winker Denner, além de técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado (Idaf) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Participaram das reuniões representantes de associações, sindicatos e das empresas responsáveis pelos serviços, além de autoridades políticas e membros da sociedade civil.



A construção das barragens tem como principal objetivo aumentar a reserva hídrica dos municípios para o uso prioritário dos moradores e para atividades agrícolas do entorno.


Pancas


Em Pancas, a reunião foi realizada pela manhã, na Escola Municipal de Lajinha. A ordem de serviços para a início da construção da Barragem Floresta foi dada no último dia 1º de julho. Ela terá a capacidade de armazenar 107 milhões de litros de água e para a obra será alagada uma área de 3,37 hectares.

Sobre a reunião de monitoramento, o subsecretário de Infraestrutura Rural, Zacarias Carraretto, destacou a importância de dar um retorno à população do município que espera pela obra. “Para a barragem Floresta nós estamos investindo mais de R$780 mil, justamente porque acreditamos que ela é estrutura fundamental para que a população não sofra tanto nos próximos anos com estiagens como a que estamos passando. E se a obra é fundamental, é necessário que aqueles que irão se beneficiar dela também saibam como está o andamento e o que ainda vai ser feito ”, afirmou.


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O subsecretário também explicou que outras reuniões serão feitas ao longo do processo de implantação de todas as barragens que estão no Programa Estadual de Construção de Barragens. A série se iniciou em Pinheiros, nesta quarta-feira (6), para falar sobre a Barragem de Itauninhas, a maior do Estado.


O gerente de Obras e Infraestrutura Rural, Winker Denner, informou que na reunião foram dados os primeiros passos para a execução dos trabalhos e que os engenheiros da empresa já foram ao local. “A barragem de Pancas está encravada num enorme maciço de pedras e possui um alto grau de dificuldade de acesso. Na próxima semana, a empresa responsável inicia os primeiros trabalhos para a construção da represa, que são montagem de canteiro, sinalização da obra e levantamento topográfico para demarcação da área de alagamento ”, explicou.

Barragem Liberdade


Já a reunião de monitoramento da Barragem Liberdade foi realizada durante a tarde, na Prefeitura Municipal de Marilândia. A represa ganhou esse nome porque será construída no Rio Liberdade. A ordem de serviço foi assinada em 23 de junho. Para a implantação serão investidos R$ 550 mil e o prazo de entrega também é de 180 dias. A capacidade de armazenamento da barragem será de 62,7 milhões de litros de água.

O gerente de Obras e Infraestrutura Rural afirmou que o cronograma de execução das intervenções está sendo cumprindo, com licença concedida pelo Idaf para o corte das árvores em área de preservação permanente, início dos cortes de árvores no corpo da barragem, início da limpeza do barramento e área de inundação, mobilização do canteiro de obras, estudo da área de empréstimo, e sinalização da obra.

Também foram coletados orçamentos para a retirada da rede de transmissão da Santa Maria. Para isso três propostas foram orçadas com projetistas da região de Marilândia para o deslocamento da rede e foi escolhido o menor orçamento para a execução desta fase sem a alteração no cronograma.


Outras etapas específicas da construção, como a locação do barramento e o eixo da área de inundação e do nível da barragem estão em fase de execução.



Programa Estadual de Construção de Barragens


O Programa Estadual de Construção de Barragens prevê investimentos de R$ 90 milhões para a implantação de mais de 60 reservatórios de água no interior do Estado até 2018, além da retomada das obras da maior barragem do Espírito Santo, da implantação da barragem do Rio Jucu e da construção de outras seis barragens de médio porte por um convênio entre a Seag e a Cesan, órgãos que gerenciam o programa.

Dos 60 reservatórios, 34 serão de usos múltiplos de médio porte no interior do Estado e outras 26 barragens de uso coletivo em assentamentos de trabalhadores rurais capixabas no Norte do Espírito Santo. Dentre as 34 barragens, cinco entraram em licitação: Barragem de Santa Júlia, na localidade de Agrovila, em São Roque do Canaã, Barragem de Floresta, localizada em Lajinha de Pancas, município de Pancas, Barragem Graça Aranha, em Colatina, Barragem Liberdade, localizada no município de Marilândia, e Barragem de Cupido, na cidade de Sooretama. Estima-se que com a implantação das 60 barragens sejam armazenados 30,2 bilhões de litros de água, o suficiente para abastecer 550 mil pessoas durante um ano, ou irrigar 10 mil hectares de café.

Para a definição dos locais onde ficarão as 34 barragens, foram levados em consideração os seguintes fatores: existência de Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) firmados, locais que possibilitavam a construção de barragens médias e com maior relação volume/lâmina, locais que não necessitavam de desapropriação (áreas doadas), maior número de usuários beneficiados.

Os municípios que serão contemplados com a construção das 34 barragens são: Baixo Guandu, Colatina, Itarana, Jaguaré, Laranja da Terra, Linhares, Marilândia, Montanha, Pancas, Pinheiros, Santa Teresa, São Roque do Canaã e Sooretama. As primeiras a serem construídas são as seguintes: Barragem de Santa Júlia, Barragem de Floresta, Barragem Graça Aranha, Barragem Liberdade e a Barragem de Cupido.

O secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, reforçou que essa é uma medida para o futuro, para que em tempos de seca como estes, os produtores possam ser menos prejudicados. Mesmo assim, ele destacou que a Seag tem buscado alternativas mais rápidas para atender às necessidades de municípios importantes para agricultura e que estão com pouca reserva hídrica.

“Além de todas essas ações de médio e longo prazo, estamos emergencialmente atendendo aos nossos municípios mais afetados pela seca com caminhões-pipa. Já disponibilizamos 20 veículos para fazer o atendimento da população desses municípios. Nossa prioridade para os próximos anos é investir na reservação de água. Enfrentamos a pior crise hídrica da história do Espírito Santo. Uma realidade que estará cada vez mais presente em nosso dia a dia daqui pra frente. Por isso, os investimentos para aumentar a segurança hídrica dos capixabas são fundamentais ”, frisou o secretário.

Barragens em Assentamentos


A Seag também já está licitando as obras para a construção de 26 barragens de uso coletivo em assentamentos de trabalhadores rurais capixabas no Norte do Estado. Elas terão a capacidade de armazenamento de 1,5 bilhão de litros de água e representam um investimento de aproximadamente R$ 14 milhões. A expectativa é que as obras tenham início ainda no primeiro semestre.

Os assentamentos beneficiados com as barragens são os seguintes: 22 de Julho e Vale do Ouro, em Ecoporanga (duas barragens em cada), Bela Vista, em Montanha (duas barragens), Itaúnas e Independência, em Conceição da Barra (uma barragem em cada), 13 de Maio (duas barragens) e Três Pontões (uma barragem), em Nova Venécia, Córrego Grande e São Vicente (duas barragens em cada), Pratinha (cinco barragens) e Vale da Vitória (seis barragens), em São Mateus.

Convênio Seag e Cesan


Além das barragens citadas, a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) e a Seag firmaram um convênio para a elaboração de seis novos projetos de barragens de médio porte. De acordo com o convênio, a Cesan vai repassar R$ 600 mil para que a Seag realize a licitação para elaborar os estudos e projetos básicos necessários para contratar as obras de construção das barragens. A prioridade dos empreendimentos é para o abastecimento humano, mas os reservatórios também podem ser utilizados para outros fins, como geração de energia, irrigação e contenção de enchentes.

O objetivo de construção das barragens é armazenar água para garantir a segurança hídrica e a regularidade do abastecimento público. Os municípios beneficiados serão Alto Rio Novo, Vila Pavão, Pedro Canário, Ecoporanga, Barra de São Francisco e São Roque do Canaã, cidades que estão entre as mais afetadas pela crise hídrica. A expectativa é que os projetos de engenharia sejam concluídos em 8 meses.

As barragens deverão ser construídas em áreas estratégicas e atender regiões que historicamente apresentam redução na disponibilidade da água, e que estão com os mananciais em estado extremamente crítico. A construção das barragens também vai reduzir os efeitos das mudanças climáticas no regime de chuvas e da baixa retenção de água pelo solo devido ao desmatamento.

Barragem do Rio Jucu


Ainda como ações previstas para o médio prazo, a Cesan iniciou os estudos para fazer os projetos necessários para contratar a construção de uma represa no Rio Jucu. A represa terá múltiplos usos e vai colaborar para regular a vazão do rio em períodos de seca, com prioridade para o abastecimento humano. A capacidade de armazenagem será de 20 bilhões de litros de água, volume o que representa dez vezes a de Duas Bocas. A represa vai beneficiar mais de um milhão de habitantes na Região Metropolitana da Grande Vitória.

Os estudos terão um investimento de R$ 480 mil, com previsão de ficarem prontos em oito meses. Entre as etapas previstas no estudo, que servirão de referência para elaboração do projeto básico da represa, estão visitas técnicas em campo, sondagens, topografia, ensaios, determinação final da queda bruta e potência instalada. Dentro do pacote de serviços serão elaborados os projetos básicos civil e eletromecânico.


Fonte: Seag

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