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Pecuária leiteira

Selita se destaca com projeto de melhoramento genético e lançamento de novos produtos na ExpoSul Rural

por Aqui Notícias

em 18/04/2019 às 16h51

6 min de leitura

Selita se destaca com projeto de melhoramento genético e lançamento de novos produtos na ExpoSul Rural

Fotos: Divulgação

*Ana Gláucia Chuína

Proporcionar aos pequenos produtores a oportunidade de ter um rebanho de qualidade por meio do melhoramento genético, com preço acessível e aumentar a produtividade. Essa é a proposta do programa de Fertilização In Vitro (FIV) que a Cooperativa de Laticínios Selita desenvolve em parceria com o Sebrae desde 2017, e que tem gerado excelentes resultados.

De 2017 a 2018 foram atendidos 114 cooperados e 520 animais nasceram. A previsão é de que no final de 2020 as vacas já estejam produzindo o equivalente a 10 mil litros de leite/dia. Para esse ano, a adesão já é de 500 cooperados e a previsão é de que o número de prenheses chegue a 2.200, com produção de 40 mil litros/dia.

Algumas bezerras nascidas do programa, que já se tornou referência, foram expostas durante a maior feira de agronegócios do Sul do Espírito Santo, a ExpoSul Rural, em Cachoeiro de Itapemirim, e ganharam elogios de renomados profissionais do setor pela qualidade genética.

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A preocupação da Selita em proporcionar ao produtor mais lucratividade ocorre desde 2003, junto com o Sebrae, quando já se fazia um trabalho de gerenciamento nas propriedades com foco na orientação sobre a alimentação do gado. Hoje, com o FIV, o pequeno produtor, que não teria condições de ter acesso a embriões de raças renomadas, devido ao alto custo, é contemplado com raças como Gir e Gir Holando a um custo bem abaixo do mercado.

“Nossa preocupação, enquanto uma cooperativa, é ajudar o nosso cooperado a evoluir em sua propriedade, não apenas aumentando a sua produção, mas produzindo mais com menos custos, e o programa traz essas condições. Através desse projeto ele consegue ter animais com potencial genético muito grande por ser ter a característica leiteira do holandês com a rusticidade do animal Gir. Então gera um animal híbrido que atende as nossas necessidades de produção ”, explica o presidente da Selita, João Marcos Machado.

O presidente lembra, ainda, que todo suporte é oferecido durante o projeto. “Essa evolução na melhoria genética precisa vir acompanhada da boa gestão da propriedade. Não dá pra simplesmente colocar um animal de FIV na propriedade sem melhorar o manejo, a alimentação e o conforto para o animal. Por isso, realizamos palestras técnicas para o produtor aprender a conduzir esses animais e poder se beneficiar de todo o potencial genético que ele tem na propriedade ”, explica João Marcos.

Como participar

Para participar do FIV basta procurar o serviço de assistência ao cooperado, na sede da Selita. Após a inscrição, o produtor é selecionado para uma avaliação do Sebrae para saber se a propriedade terá condições de receber o programa de melhoramento.

“É um projeto que está dentro do planejamento estratégico da Selita para aumentar a captação de leite. Portanto, é preciso identificar a adequação para que ele possa ser implementado na propriedade. Iniciado, o cooperado conta com orientações constantes e acompanhamento mensal técnico e fotográfico. Como se trata de uma cooperativa formada 90% por pequenos produtores, a equipe começou conversar e planejar o aumento da produção e a gente viu que teria que atuar na parte de melhoramento genético, trazendo tecnologias ao alcance do cooperado. Conversando com o Sebrae, a gente conseguiu trazer aqui para cooperativa o FIV, mas não é uma coisa muito simples de ser implementada. Tem que ter suporte, e isso oferecemos para que o nosso cooperado tenha o resultado esperado ”, explica o gerente de assistência ao cooperado, Edno Rainha.

Nova indústria

Além do aumento na produtividade e lançamento de novos produtos, a nova fábrica da Selita, com sede na Safra, vai proporcionar uma redução em torno de R$ 12 milhões/ano em relação ao custo operacional.

Outra questão destacada é a capacidade de funcionamento que permitirá a ampliação de operação das unidades e, ainda o funcionamento, por exemplo, da fábrica de UHT no período da noite, o que é inviável no espaço onde a sede está hoje. O novo espaço vai agregar ainda equipamentos mais modernos proporcionando melhores condições de trabalho para o colaborador, além de um maior espaço para um estoque estratégico.

Outra preocupação constante da Selita é em relação aos cuidados com o meio ambiente. Para a nova usina está sendo estudada a implementação de energia fotovoltaica (luz solar), a redução no consumo de água, de gás e a implantação de modernas instalações de estações de tratamento de efluentes (ETE) e de água. Para isso, a diretoria tem realizado diversos estudos e consultorias, conhecendo projetos de sucessos em outros laticínios.

De acordo com o presidente João Marcos Machado, em abril deve ser concluída toda parte de fundação da obra. Este ano, dentro do cronograma, temos a complementação das construções civis (cobertura), início das montagens de equipamentos no final do ano, construção das Estações de Tratamento de Água e de Efluentes. Até final do ano montagem equipamentos internos.

A previsão é de que as operações da nova indústria sejam iniciadas no final do primeiro semestre de 2020.

Novos produtos fazem sucesso na ExpoSul

Mais de 10 mil pessoas visitaram o estande da Selita durante a ExpoSul Rural e prestigiaram os novos produtos lançados recentemente no mercado. A linha de iogurtes ganhou três novos deliciosos sabores na versão light: graviola, limão siciliano e açaí com guaraná. Em breve serão lançados esses sabores na versão tradicional.

Entre os visitantes, o governador do Estado, Renato Casagrande, e o prefeito de Cachoeiro, Victor Coelho, prestigiaram o estande e apreciaram os lançamentos e os já tradicionais produtos da cooperativa, como o premiado queijo parmesão, doce de leite e Selitinho.

“Tivemos uma excelente visibilidade na Exposul, tanto com o projeto FIV quanto com os novos produtos. Com a capacidade operacional da nova indústria vamos lançar novos produtos funcionais, creme de ricota e doce de leite fracionado, o que não é possível hoje por conta da estrutura que ficou pequena. Nesses 80 anos, a Selita foi adequando seus produtos atendendo as demandas do mercado e os interesses do consumidor ”, explica o vice-presidente, Leonardo Cunha Monteiro.

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