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Pecuária

Criação de coelhos: baixo investimento e rápido retorno financeiro

A cunicultura é caracterizada por produzir alimento de alta qualidade nutricional em curto prazo, com elevada produtividade, sendo uma boa alternativa ao pequeno produtor e de baixo impacto ambiental

por Revista A Lavoura

em 23/12/2020 às 14h45

3 min de leitura

Criação de coelhos: baixo investimento e rápido retorno financeiro

No Brasil as criações de coelhos vêm aumentando de maneira rápida. Dados indicam que o Brasil é responsável pela produção de aproximadamente 242 mil animais/ano. Um dos fatores que aqueceram esse setor do mercado é a boa remuneração paga pelo kg do animal. Em média os abatedouros pagam em torno de R$ 8 o quilo do animal vivo.

As raças mais difundidas comercialmente são Nova Zelândia, Califórnia, Chinchila, Azul de Viena, Rex (Cartorrex), Angorá e Gigante de Flanders. Alguns cruzamentos especiais são desenvolvidos para adaptação climática conforme a região onde será desenvolvida a criação. A escolha para produção deve levar em conta o produto final desejado &ndash, carne, pele, lã ou filhotes.

Os coelhos são herbívoros, sua dieta ideal é composta por forrageiras e vegetais diversos (folhas de bananeira, goiabeira) sempre complementada por ração balanceada. O coelho é um pseudo ruminante, apresentando um ceco bem desenvolvido, onde ocorre a proliferação bacteriana, representando 30% do ganho de energia.

O trato digestivo do coelho tem particularidades especiais, com um estômago pobre em musculatura. A digestão depende da frequente ingestão de alimentos onde o que está sendo consumido sempre “empurra ” o que já está no estômago.

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Outra característica é a impossibilidade do animal vomitar. Jejuns muito longos são altamente prejudiciais, o animal precisa se alimentar aproximadamente 80 vezes por dia. Na eventual ingestão exagerada após um jejum o estômago pode romper. A água é importante na dieta. O coelho é altamente sensível à falta d’água, que causa diarreia e morte.

Reprodução

Setor de Cunicultura da Fazu. Foto: Divulgac?a?o Fazu

A maior característica do coelho é, sem dúvida, a sua alta prolificidade. Uma fêmea gera de 8 a 12 filhotes (láparos) por gestação, com 5 crias por ano. O animal atinge sua maturidade para o acasalamento aos seis meses de idade.

O controle da temperatura e umidade relativa do ar desempenham papéis fundamentais na criação de coelhos.

“A produção animal está sujeita aos efeitos do ambiente, como temperatura, umidade relativa do ar, ventilação dentre outros fatores. Por isso, como zootecnistas, precisamos monitorar esses fatores para adoção de estratégias que proporcionem conforto e bem-estar adequado aos animais ”, explica a responsável pelo setor de
Cunicultura e professora das Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu), Danielle Matarim.

Na Fazenda Escola da Fazu são desenvolvidas atividades de criação de coelhos há mais de 20 anos. A atividade visa à exploração da produção da carne e subprodutos como pele, couro, pêlo, vísceras, patas e animal de estimação. O setor de Cunicultura
da Fazu conta com matrizes, reprodutores e filhotes, entre eles são destaques os coelhos anões.

O sistema possui dois sensores para medições internas e externas de umidade e temperatura. Foto: Fazu

Em julho de 2020, o setor recebeu um equipamento eletrônico que registra e coleta dados de umidade e temperatura dentro e fora do galpão. O datalogger foi desenvolvido pelo formando em Engenharia Elétrica da Uniube (Universidade de Uberaba), Rafael Jacinto dos Santos.

O sistema foi construído utilizando dois sensores DHT22, para medições internas e externas de umidade e temperatura, um relógio de tempo real (RTC), um módulo gravador de cartões SD, um cartão micro SD, uma interface gráfica com display, um relé eletromecânico, um buzzer para emitir alarme sonoros e botões que são usados para ajustar data e hora, habilitar e desabilitar gravação no cartão SD e definir Setpoint de acionamento dos ventiladores.

Fonte: Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu)

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