Veneza: uma trajetória de dificuldades e glórias em 65 anos

Na década de 1950, quando Nova Venécia ainda era distrito de São Mateus, a pecuária de corte prevalecia na região. Os poucos produtores de leite, diante da realidade, sentiram a necessidade de buscar soluções para os problemas de produção e comercialização do produto na época.

Foi então que 17 produtores se reuniram e decidiram mudar os rumos da pecuária local e no dia 30 de abril de 1953, o grupo fundou a Cooperativa de Laticínios de Nova Venécia.

Com um início turbulento, atravessando dificuldades financeiras que deixavam a recém-criada cooperativa quase estagnada, os fundadores foram aos poucos mudando a direção do agronegócio na região. Quase duas décadas após o surgimento, em 1972, a cooperativa ganhava um novo nome comercial, Coopnorte, e junto com ele a ampliação das atividades.

Os produtos que eram fabricados na época passaram a levar a marca Veneza, uma referência aos fundadores do já município de Nova Venécia.

Nesse período a Coopnorte viveu uma grande fase de crescimento, expandindo o atendimento a outros municípios e incorporando outras cooperativas. Em 1978 a instituição ganhou sua própria sede administrativa.

O ano de 1980 foi marcado pela expansão e diversificação dos negócios em Nova Venécia com o surgimento da Suinorte e Frinorte, instalação de uma fábrica de rações, criação de uma unidade de armazenamento de milho e abertura do supermercado e posto de combustível.

Na década de 1990 a Coopnorte começou a buscar novos mercados e direcionou suas atividades para a industrialização de queijos. A iniciativa deu certo. Nove anos depois a Veneza foi incluída entre as 150 maiores empresas do Espírito Santo, conforme o ranking da Findes. Desde então, a Veneza sempre aparece muito bem colocada nos levantamentos relacionados a mercado de laticínios no estado e país.

Para o superintendente do Sistema OCB/ES, Sr. Carlos André Santos de Oliveira, a Veneza é hoje um dos grandes ícones do estado do Espírito Santo quando o assunto é qualidade de produtos de laticínio. “Nenhuma instituição completa mais de seis décadas de vida se não tiver um trabalho focado, ético e com uma gestão preparada para enfrentar obstáculos e aproveitar boas oportunidades. E ao longo do tempo a Veneza construiu uma história de sucesso e reconhecimento de toda a sociedade capixaba ”, afirmou.

Carlos André também ressaltou o trabalho dos cooperados e colaboradores da Cooperativa, que são o maior bem da organização. “Ser cooperado no meio rural é algo que necessita de persistência. O produtor não depende apenas de seu trabalho, mas está exposto a condições climáticas que nem sempre são favoráveis aos seu negócio, por isso cada um merece nosso parabéns especial. Meu reconhecimento vai também aos colaboradores que trabalham diariamente para fazer a Cooperativa funcionar, para equilibrar os anseios da gestão com os desejos dos cooperados. São todos guerreiros ”, afirmou.

Os fundadores

Alice Neves

Antônio Cunha

Antônio Daher

Braulino Bonomo

César Pansiere

Dacílio Duarte Santos

Firmino Theodoro

Guilherme Ferreira lima

João Marcarini

Jocundo Cypriano

José Pansiere

José Flores

Milton de Oliveira

Octávio Ayres de Farias

Tito dos Santos Neves

Vicente Tagliaferre

Zenor Pedrosa Rocha

A importância da Cooperativa para a região

José Carnieli

Presidente da Veneza

Iniciamos nossa trajetória com o modelo cooperativista por um grupo formado por 17 produtores de leite. A ideia era superar as dificuldades encontradas na época por causa da grande força da pecuária de corte, predominante na região.
Era uma maneira de buscar uma organização mais justa e democrática e começar a ganhar força no mercado leiteiro.

Hoje a Veneza reúne cerca de 1200 cooperados ativos em sua grade e é responsável pela geração de 400 empregos diretos em média, provando ser uma instituição que contribui, e muito, para a força da economia junto à sociedade.

A contribuição da Veneza para o desenvolvimento socioeconômico é reconhecida nacionalmente. Trabalhamos com foco na redução da pobreza, geração de emprego e integração social, onde nosso modelo de negócio contribui para o desenvolvimento socioeconômico dos cooperados e das comunidades onde atuamos.

Nossa Cooperativa deixou de ser uma empresa provinciana e seu crescimento impacta positivamente em todas as comunidades do norte do estado, trazendo inúmeros ganhos e benefícios para a região. Estamos entre os maiores laticínios produtores de queijos do país.

É importante lembrar que só o cooperativismo alia o desenvolvimento social e o econômico, já que não visa obter lucro, e sim o bem-estar, a melhoria da renda e da qualidade de vida dos cooperados, contribuindo para o desenvolvimento humano em detrimento do capital.

As estratégias de funcionamento têm gerado resultados exitosos e isso é fruto da união, dedicação, compreensão e participação de todos. Essas são algumas ações que fazem com que a Veneza se fortaleça a cada dia e continue traçando metas ousadas para os próximos anos.

fonte: SISTEMA OCB