Syngenta escolhe Brasil para lançar novas ferramentas digitais para o agronegócio
por Reuters
em 16/06/2020 às 14h09
2 min de leitura
A empresa suíça de sementes e defensivos agrícolas Syngenta escolheu o Brasil como local para lançar uma gama de serviços digitais para o setor que, segundo a companhia, tornarão os agricultores do país ainda mais competitivos, disse um executivo à Reuters.
Por causa das medidas de isolamento social, consultoresagrícolas e de distribuidores de pesticidas não puderam circular em áreas de cultivo, o que torna essencial o uso da tecnologia na checagem das condições das lavouras, disse o diretor de Informações e serviços Digitais da Syngenta, Greg Meyers.
Os lançamentos no Brasil incluem softwares e imagens via satélite das áreas de cultivo, afirmou ele.
As ferramentas tecnológicas podem melhorar a produtividade, reduzir custos e promover a agricultura sustentável no maior produtor e exportador de soja do mundo.
O Brasil foi escolhido para o lançamento após a Syngenta adquirir em 2018 a “agtech ” Strider, que já trabalhava com 2.500 agricultores na América Latina.
“Nosso foco não é tentar vender softwares. O foco é em como usar melhor os produtos que já vendemos ”, comentou ele.
Ao final do ano a plataforma digital estará disponível nos Estados Unidos, Rússia e Ucrânia, segundo a empresa.
A Syngenta, pertencente à chinesa ChemChina, já responde pelo monitoramento de cerca de 4,5 milhões de hectares no Brasil. A empresa afirma que em um ano pode dobrar o número de clientes monitorados no país.
Mais Conexão Safra
Globalmente, agricultores utilizam tecnologias da Syngenta para monitorar 32 milhões de hectares, mas isso representa apenas uma fração do potencial de mercado, disse Meyers.
A alemã Bayer, um concorrente direto, afirma que responde por 36,4 milhões de hectares no mundo, utilizando tecnologia digital.
Área de crescimento-chave, a agricultura digital se tornou ainda mais importante durante a pandemia de Covid-19, segundo o executivo.
Em maio, houve um aumento de 400% no uso de produtos da Syngenta como fotos de satélites para o monitoramento das condições agrícolas no Brasil.
“A Covid, na verdade, criou uma oportunidade para produtores que talvez não estivessem confortáveis com tecnologia da informação, mas estão começando a usá-la porque precisam ”, disse Meyers.
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